segunda-feira, 16 de maio de 2011

Venda da Sociedade Santa Cecília

      A Prefeitura Municipal realizou no dia 12 de maio, às 19h, no Centro Cultural Antiga Igreja Matriz de São Miguel, uma reunião cujo o tema central era: a compra do Salão Paroquial da Sociedade Santa Cecilia, a compra da Casa Paroquial e a aquisição do terreno ao lado do Largo Felipe Seger Sobrinho. Nesse sentido, a reunião serviria para explicar os seguintes itens: Os motivos da compra, as condições de pagamento e a necessidade de a comunidade validar o negócio. 

     O Prefeito Miguel Schwengber explicou que os espaços pretendidos, são espaços históricos e que, juntamente com o Espaço Cultural Antiga Igreja Matriz, podem ser transformados em um grande complexo cultural, no centro da cidade. Explicou, ainda, que as condições do negócio são excelentes, que o preço cobrado, é um preço abaixo do preço de Mercado e que a Prefeitura irá pagar, somente pelos terrenos, os prédios serão doados pela Mitra. Segundo informações da Prefeitura, o negocio será realizado da seguinte maneira: A Administração Municipal estará adquirindo 5,407 m² de área por um valor de R$ 1.249.832 mil reais. R$ 560 mil serão pagos em dinheiro, a vista. Outra parte do valor será pago por meio de permuta de um terreno avaliado em R$ 350 mil no Bairro Primavera (terreno onde seria construído o centro de convivência da Terceira Idade). O restante das somas será dividido em 3 parcelas. Parcelas estas, que não causarão dificuldades financeiras para a Prefeitura, nem prejudicarão outros setores. E, por último, pediu o apoio da comunidade, pois a proposta da compra necessita, ainda, ser aprovada pela Câmara de Vereadores. 

     Após apresentar suas explicações, o Prefeito abriu espaço para quem desejasse se manifestar. 

   Os Associados da Sociedade de Canto Santa Cecília manifestaram-se contrários a venda do imóvel e questionaram as negociações, que começaram a ser feitas sem o conhecimento deles. Relataram que a Sociedade foi construída e mantida pelos associados e pelas pessoas da comunidade. Sendo que, muitos trabalharam gratuitamente e contribuíram financeiramente para que ela fosse construída e que, por isso, a Mitra não poderia vender o imóvel. 

     O Prefeito declarou, então, que a Mitra tem habilidade legal para vender o imóvel e que é melhor a Sociedade ficar nas mãos da prefeitura do que em outras mãos. Pois ela poderia perder o estrito vínculo que tem com a sociedade doisirmonense. Ele informou que uma das finalidades da Sociedade será abrigar o Centro  Cultural e o Centro de Convivência da Terceira Idade, além de continuar servindo para inúmeros tipos  de eventos.

     Os associados não se conformam com a questão e pretendem, eles mesmos, comprar a Sociedade Santa Cecília. Disseram que se um proprietário de imóvel vai vender seu imóvel, a primeira pessoa para quem ele tem que oferecer é para o inquilino. O que não ocorreu no caso da venda da Santa Cecília, cuja a propriedade foi oferecida primeiramente para a  Prefeitura e não para os seus associados. E reclamaram que a Mitra não os recebe para conversar.

      A Mitra da Diocese de Novo Hamburgo, embora representada na reunião, não se manifestou. E, talvez, por isso, tenha sido a parte mais criticada no encontro. Entretanto, a Mitra veiculou uma nota de esclarecimento no jornal da comunidade, o Jornal Dois Irmãos, falando da insatisfação, com relação ao uso do prédio, uso que estaria colocando a Mitra em situação constrangedora do ponto de vista moral, pastoral e econômico. E que em momento oportuno, apresentaria maiores esclarecimentos a todos os interessados. 

     Miguel prometeu esperar que os associados cheguem a um acordo com a Mitra da Diocese de Novo Hamburgo, mas pediu que eles fossem breves, em seu intento. E reafirmou que  vai realizar o negócio, caso os associados não consigam chegar a um acordo com a Mitra.